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| Variação genética e geográfica da Clusia criuva é fator importante para a conservação – EcoVozes
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| Variação genética e geográfica da Clusia criuva é fator importante para a conservação

ELUCIDANDO ‘COMPLEXO’ DE ESPÉCIES CLUSIA CRIUVA: TÁXONS CRÍPTICOS PODEM EXIBIR GRANDE VARIAÇÃO GENÉTICA E GEOGRÁFICA

Autores: Maria Beatriz de S. Cortez, Danilo A. Sforca, Fábio de M. Alves, João Vidal, Alessandro Alves-Pereira, Gustavo M. Mori, Isabela A. Andreotti, Jose E. do Nascimento, Bittrich Volker, Maria I. Zucchi, Maria do Carmo E. Amaral e Anete P de Souza.

Tipo: Artigo científico/ tese de mestrado

Instituição: Universidade de Campinas (UNICAMP) e Universidade Estadual Paulista (UNESP – São Vicente)

Ano de Publicação: 2019

Repositório Institucional: https://repositorio.unesp.br/handle/11449/186174

RESUMO

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O complexo de espécies Clusia criuva Cambess. é formado por duas subespécies, C. criuva subsp. parviflora Vesque e C. criuva subsp. criuva e só pode ser distinguido com base na morfologia do estame / estaminódio e na distribuilção geográfica. Apesar de ter sido reestruturado recentemente, as relações taxonômicas deste complexo permanecem obscuras. Portanto, para esclarecer os mecanismos evolutivos envolvidos na diversificação dessas duas subespécies, foi investigado a sua estrutura populacional, padrões filogeográficos e de distribuição de nicho usando marcadores genéticos (plastídios e microssatélites nucleares). Foram conduzidas análises de distância genética e estrutura populacional, com 300 amostras distintas de DNA, para testar se as subespécies pertenciam a grupos genéticos distintos. Também foi analisado se grupos genéticos apresentavam alguma relação com barreiras geográficas e foram desenvolvidos modelos de distribuição para contrastar as informações genéticas e ambientais. Foi encontrada ampla diferenciação genética entre as subespécies coincidindo com duas importantes barreiras geográficas.

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Variação genética e geográfica da Clusia criuva é fator importante para a conservação

O artigo produzido por um grupo de pesquisadores da UNICAMP e UNESP estudou o complexo de espécies Clusia criuva Cambess, que ocorre de maneira endêmica na extensão da Mata Atlântica e em áreas de Cerrado e Caatinga, para organizar e elucidar os mecanismos evolutivos envolvidos na diversificação das duas subespécies pertencentes a este complexo.

Estas subespécies, C.criuva subsp. parviflora e C. criuva subsp. criuva só podem ser distinguidas com base na morfologia de parte do órgão masculino sendo as diferenças apenas vistas com auxílio de uma lupa microscópica, e com base na ocorrência geográfica; C.criuva subsp. parviflora ocorre na Mata Atlântica e  C. criuva subsp. criuva ocorre no Cerrado e Caatinga.

O artigo revelou que mesmo com estudos recentes reestruturando o sistema de classificação deste complexo, a diferenciação entre as subespécies permanecia obscura e insuficiente para garantir uma classificação sólida.

Portanto, para esclarecer os mecanismos evolutivos envolvidos na diversificação dessas duas subespécies, o grupo investigou durante 3 anos, através de diversas amostras coletadas entre 2014 a 2016, a estrutura genética populacional, utilizando microssatélites nucleares presentes no DNA e os padrões filogeográficos, com o estudo dos processos históricos responsáveis pela distribuição geográfica.

Desse modo, foi encontrado ampla diferenciação genética entre as subespécies possivelmente associada a barreiras geográficas. Com esses resultados, o artigo indica que ambas as subespécies parecem estar evoluindo independentemente dado o reduzido fluxo genético entre populações de subespécies distintas e dado a restrição das mesmas a diferentes ambientes, sugerindo que elas deveriam ser novamente elevadas ao status de espécie.

Para entender

A C. criuva é uma espécie arbórea com distribuição ampla pelo bioma Mata Atlântica, ocorrendo também no Cerrado e na Caatinga. A vegetação da Mata Atlântica tem extensão territorial superior à 20.000 km², é protegida por unidades de conservação de proteção integral. Existem coletas botânicas recentes de C. criuva, sendo por tanto considerada fora de risco de extinção.

As espécies arbóreas na Mata Atlântica contribuem com sua malha radicular ao não deslizamento dos solos em alta declividade.

Portanto, compreender a diversidade e distribuição de espécies arbóreas como C. criuva é bastante relevante. Entender a composição genética do complexo C. criuva também é muito importante para informar medidas de conservação que impactam na priorização de determinadas áreas para a criação de unidades de conservação. Desse modo, este trabalho explicita que para manter a máxima diversidade genética deste complexo é necessário a ambas as subespécies sejam preservadas.

FALE DIRETAMENTE COM OS AUTORES: mariabiacortez@gmail.com

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Como citar: Cortez, Maria Beatriz De S. et al. Elucidating the Clusia criuva species ‘complex’: cryptic taxa can exhibit great genetic and geographical variation. Botanical Journal Of The Linnean Society. Oxford: Oxford Univ Press, v. 190, n. 1, p. 67-82, 2019. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/186174>.

 

 

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Franciele Ferreira

Franciele Ferreira faz parte da geração que acredita no poder do sustentável e na força da preservação ecológica. Com experiência em comunicação institucional, Franciele é responsável pela criação visual do site, produção de matérias e faz o garimpo dos trabalhos acadêmicos. Junto de sua colega de turma, a jornalista vê na criação do portal uma chance de mudar o protagonismo do jovem no cenário do jornalismo atual, transformando o debate local ambiental em um assunto de esfera pública. Assim como Carolina, ela quer seguir na produção de reportagens para a plataforma se tornar formador de opinião na região.
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